segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Portos paranaenses superam recorde anual de movimentação

Os portos de Paranaguá e Antonina, no Paraná, movimentaram mais de 38 milhões de toneladas de cargas de janeiro a novembro. De acordo com balanço divulgado pela Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), este volume já supera o recorde histórico de todo o ano de 2007.


Destaques- Os portos paranaenses também cravaram recordes de movimentação de alguns produtos. Caso da soja, cujas exportações chegaram a 6,7 milhões de toneladas em 2011, com volume 13% superior ao recorde anterior de todo o ano de 2003.

As exportações de açúcar superaram o recorde de 2010 em 4%, atingindo cerca de 4 milhões de toneladas em novembro. Outros recordes registrados pela Appa foram nas importações de fertilizantes, com 8,5 milhões de toneladas este ano, superando a marca histórica de 2007; e na movimentação de veículos, com 207 mil veículos movimentados até o mês passado e crescimento de 14% em relação ao volume histórico do ano passado.

Segundo a Appa, a receita cambial gerada pelas exportações de mercadorias também já atingiu recorde histórico: cerca de US$ 16 bilhões até novembro, valor 14% superior à marca histórica de 2008. De acordo com a administração portuária, a expectativa é que em 2011 os portos movimentem 41 milhões de toneladas de produtos.

Antonina- Somente o Porto de Antonina movimentou 1,3 milhão de toneladas até novembro, superando o recorde de 2004 em 25% e com um expressivo crescimento de 400% sobre 2010. “Estamos recuperando a movimentação de mercadorias em Antonina, usando o Porto como suporte ao de Paranaguá e trabalhando em diversos projetos para aumentar ainda mais a produtividade dos terminais lá instalados. A cidade já está sentindo os reflexos disso com a recuperação de empregos e movimentação da economia”, destaca Airton Vidal Maron, superintendente da Appa.

Fonte: Canal do Transporte

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Centros de distribuição organizam a logística e ajudam a cortar custos

A fim de agilizar a produção e reduzir custos, as empresas de refeições coletivas têm apostado nos centros de distribuição, ou CDs. A Sodexo/Puras, uma das maiores no Brasil, tem 10 centros espalhados pelo país. O ganho em logística, com a entrega centralizada, é grande. Como atende regiões mais remotas, a logística para entrega da matéria-prima pode ser caríssima, afirma o diretor de marketing e comunicação José Antonio Martimiano.

"Nosso grande diferencial é a CPDA - Central de Produção e Distribuição de Alimentos", diz Carlos Humberto de Souza, diretor-superintendente da paranaense Risotolândia. A CPDA é responsável pela logística de abastecimento dos restaurantes e responde por todos os setores relacionados a serviços e gestão de alimentos, desde a aquisição e preparo até a entrega. Além de centralizar as compras, a central produz as massas, pães e sobremesas e faz o pré-preparo de frutas, verduras e legumes. "Nossos investimentos são contínuos. Temos, em nosso orçamento, um percentual determinado ao longo dos anos para as melhorias de processos, compra de novos equipamentos e investimento em nossa área de logística", informa Souza.

A Gastroservice também adquiriu um CD. Além disso, montou um box no Ceasa, comprando matéria-prima direto dos produtores. "Acabamos com os intermediários e reduzimos preços", afirma o proprietário Marcelo Basto Lima. A Cucinare, de São Paulo, conta igualmente com uma central de compras e distribuição.

A Sodexo, sempre que possível, reformula os restaurantes onde trabalha. "Hoje, praticamente todos os projetos estão otimizados", diz Martimiano. Para dimensionar o espaço e fazer os projetos, a empresa conta com uma equipe de 14 arquitetos próprios. Os investimentos podem abarcar o salão e a cozinha, dependendo do tempo de contrato acertados.

Fornos combinados, que unem tanto o convencional quanto o de microondas, são alguns dos equipamentos nos quais a Sodexo investe. Ele evita a perda de líquido do alimentos e é mais rápido, mas por seu alto custo, cerca de R$ 50 mil, praticamente só é adquirido por grandes unidades, afirma o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (Aberc), Antônio Guimarães.. Além dos fornos, a Sodexo adota, quando possível, cook chill, que resfria alimentos pré-preparados para serem consumidos mais adiante. O seu uso, no entanto, ainda é parcial no Brasil, já que o paladar local exige alimentos preparados na hora. Não adianta tentar servir um feijão feito de véspera, já que é bastante complexo regenerá-lo, acertar o ponto do caldo, que fica mais seco, mais líquido ou mais espesso do que os clientes estão acostumados. "É um alimento muito característico, um item básico para não acertar" afirma Martimiano. "Se o arroz e o feijão estão bons, o cliente releva o resto."

A Risotolândia investe na estrutura física de seus restaurantes. "Temos transformado antigos refeitórios em restaurantes e até em praças de alimentação, implantando serviços exclusivos, com padrão visual próprio", diz Souza.

Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO

A Negociação surgiu com o homem e está sendo aprimorada desde então. Usando como base o Egito que tinha como fonte econômica a agricultura, a negociação para a troca de alimentos e artigos artesanais por outras fontes de suprimentos o qual necessitavam eram procedimentos de extrema importância e foi realizado pelos povos egípcios em todos os momentos. Com a evolução do mercado e expansão de novos negócios através do mundo a tática vem se aprimorando e é considerada como principal pilar para a sobrevivência das organizações.
            Para que o processo de negociação seja satisfatório é fundamental uma série de cuidados e conhecimento profundo das principais necessidades dos clientes e também do produto a ser comercializado. Em nossos tempos atuais a figura representada como cliente está muito mais exigente e cabe ao vendedor ou representante entender as principais necessidades de seu cliente, facilitando a tomada de decisão. A comunicação, objetividade, credibilidade, coerência e conhecimento técnico do produto transmitem ao cliente segurança na negociação do contrato. É importante que haja um planejamento comercial e estratégico envolvendo toda a equipe interna, facilitando a comunicação entre todas as partes e processos que influenciam o fechamento da negociação.

            O gestor responsável pela negociação das propostas deve treinar e capacitar sua equipe com o objetivo de promover segurança e agilidade no fechamento da negociação. Administrar o tempo é peça fundamental para se ter sucesso nas negociações e alguns pontos como definir lista de prioridades do dia, agenda de reuniões, ser mais objetivo na leitura de e-mail, respeitar a autoridade para que não haja conflitos, atentar-se às metas e visão da empresa, controlar e gerenciar informações, reuniões mais objetivas, treinamento e capacitação dos subordinados, organização com os papéis na mesa, avaliar as causas de possíveis problemas, qualidade no atendimento, etc.,  contribuem para a imagem da organização.

            Embora o assunto seja polêmico e discutido em várias organizações e entidades de ensino, o processo para negociação ainda é falho em muitas organizações. A falha tem origem na falta de disciplina, treinamentos e capacitação da equipe quando se trata na gestão de processos comerciais como:

Ø  Qualidade na prospecção de clientes

Ø  Script de vendas correto

Ø  Administração de tempo e processos comerciais

Ø  Pré-venda e Pós-venda

Ø  Processamento de pedido

Ø  Controle e gerenciamento das informações

Ø  Telemarketing

Ø  Recepção

Ø  Integração entre os departamentos

            Entender as falhas e corrigi-las contribui para que as organizações se tornem mais competitivas e dinâmicas em nosso mercado atual, clientes buscam o tempo todo um diferencial entre seus fornecedores com a finalidade de também atender seus clientes. A competição não é algo que devemos temer, pode ser a oportunidade para encontrar brechas para que sejam preenchidas e tratadas.

Autores: Maicon H. Oliveira/Helen de Freitas Ribeiro

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Importação de máquinas e equipamentos sobe 10% no ano

Os importadores de máquinas-ferramenta e equipamentos industriais, que compõem o grupo dos chamados bens de capital, movimentaram cerca de US$ 2,4 bilhões em 2011, cerca de 10% mais que o ano anterior. O resultado é inferior a previsão da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas-Ferramenta e Equipamentos Industriais (Abimei), que projetava um crescimento de 15% a 20% para o setor, e ainda está aquém dos US$ 2,6 bilhões negociados nos três primeiros trimestres de 2008.

"O ano começou bem, mas sentimos uma diminuição nos negócios a partir de outubro", afirma Ennio Crispino, presidente da entidade. Segundo Crispino, os industriais estão apreensivos com o impacto da crise na Europa sobre a economia brasileira. "Houve uma desaceleração na atividade, porque ninguém sabe como o mercado vai se comportar", diz. Responsável pelo consumo de pelo menos 70% dos bens de capital importados, o setor automobilístico mantém as vendas "em ritmo aceitável", segundo Crispino, mas a produção de autopeças, parte importante da cadeia de clientes dos importadores de máquinas operatrizes, ainda sofre com a importação de componentes acabados, apesar das medidas de proteção previstas no Plano Brasil Maior. "O aumento do IPI para carros importados e a exigência de 65% de nacionalização das peças em carros nacionais abrem uma boa perspectiva para o setor de bens de capital, tanto nacionais quanto importados, mas qualquer reflexo só será sentido em meados de 2012", diz o presidente da Abimei.

Entre os segmentos representados na Abimei, o setor de máquinas para o corte e a conformação de chapas metálicas foi o que teve o melhor desempenho em 2011, com alta superior a 10%. São máquinas com alto valor agregado tecnológico e aplicação em variados ramos da indústria, desde o automotivo até o de petróleo & gás e geração de energia.

Escrito por DCI      

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Investimentos em ferrovias chegarão a R$ 11,6 bi no ano que vem

O transporte de cargas e passageiros no Brasil mantém a característica rodoviarista, opção governamental feita em meados do século XX – dados do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs) apontam que os caminhões atendem a 66% do volume de cargas nacional. Porém, a ferrovia vem despontando como primeira alternativa quando se pensa em diversificação.

Só no próximo ano, os investimentos previstos somam R$ 11,6 bilhões, que serão aplicados na construção de 3.121,5 quilômetros de ferrovias – entre elas as Norte-Sul, Oeste-Leste, EF Carajás, Transnordestina, Ferronorte e os Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) de Sobral, no Ceará, e Macaé, no Rio. A estimativa corresponde a um levantamento das obras em andamento, feito pela Revista Ferroviária.

Dados da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) mostram que nos últimos oito anos o investimento em ampliação e modernização das unidades existentes, além da construção de novas instalações fabris e em tecnologia, somou R$ 1,1 bilhão. Essa parcela do mercado prevê a aplicação de mais R$ 250 milhões até o final de 2013. Os números dão a dimensão da expansão desse setor que, segundo Norberto Fabris, diretor-executivo de implementos e veículos das empresas Randon, cresce a taxas de 25% ao ano.

Desde 2006, ao menos 127 empresas começaram a operar no mercado ferroviário brasileiro, entre elas indústrias metalúrgicas, de auto-peças, multinacionais e grupos recém-criados. Todas atraídas por um mercado que, segundo a Abifer, irá demandar a construção de 40 mil vagões, 45 mil carros de passageiros e 2.100 locomotivas em dez anos.

Regina Perez, diretora da feira Negócios nos Trilhos (uma das mais importantes mostras do setor, que aconteceu entre 8 e 10 de novembro em São Paulo), exemplifica o crescimento do transporte ferroviário brasileiro com os números da malha MRS, que apesar da pequena extensão tem a maior densidade de tráfego do País (a operação liga Minas Gerais ao Rio de Janeiro e a São Paulo, chegando até o porto de Santos).

“Antes da privatização, essa linha carregava 40 milhões de toneladas ao ano. Era considerada o filé mignon do Brasil. Hoje, 15 anos depois, o volume de cargas chega a 153 milhões de toneladas”, disse ela ao ponderar que o Brasil ainda não atingiu o nível de eficiência europeu, que permitiu a determinação de que todas as cargas perigosas sejam transportadas exclusivamente sobre trilhos.

Ainda assim, a diversificação de cargas é um dos pontos de atuação das empresas que operam o transporte ferroviário, independente da região do País. Para Regina, elas buscam fugir do estigma de que os trens transportam apenas minérios. A ALL informa que suas operações no Brasil cresceram 10,4% em 2011, sendo que entre as commodities agrícolas (em especial a soja) o aumento foi de 12%. O transporte de produtos industrializados teve um incremento de 6%.

“A participação da ferrovia na movimentação dos portos também cresceu, de 61% para 71%”, assegurou a concessionária da região Sul através de sua assessoria de imprensa. Esse ganho de participação já é perceptível, segundo Regina, na redução da frequência com que se formam filas de caminhões esperando para descarregar no porto de Paranaguá. Ela destaca que, atualmente, a FCA (Ferrovia Centro-Atlântica) destina 28% de sua capacidade para o transporte de açúcar, enquanto a ALL instala um complexo intermodal em Rondonópolis (MT), para levar a soja até os portos do Sul e do Sudeste e movimentar cargas de combustíveis, fertilizantes, produtos frigorificados, algodão e madeira.

Expectativa de fábricas é de alta na demanda por vagões em 2012- O salto dado na demanda prevista por vagões novos no Brasil, que vai dos habituais 4 mil para 5 mil vagões no ano que vem, segundo a previsão da Randon, é outro reflexo do crescimento que o transporte ferroviário experimenta no País. Um crescimento de 25% que impõe um esforço extra à empresa de Caxias do Sul, que não quer perder sua participação de mercado, que atualmente chega a 30%.

Segundo o diretor-executivo Norberto Fabris, a Randon Vagões vai fechar 2011 com 1,1 mil unidades entregues e já tem encomendas que serão produzidas no próximo ano – sobretudo de vagões para a Vale e para a MRS. Mesmo com o crescimento previsto, a linha de montagem terá capacidade “ociosa”, já que a estrutura está preparada para fazer até 2,4 mil vagões ao ano, entre vagões graneleiros hopper, gôndola, tanques e plataformas.

“Na Randon, os vagões são produzidos desde 2004, quando fizemos um investimento pesado, que deu flexibilidade para a nossa linha de montagem de semirreboques para fazer os dois tipos de produtos. Dessa forma, a linha nunca está parada. Quando não produzimos vagões, fazemos semirreboques”, informa Fabris.

Outra das grandes fabricantes de vagões, a Amsted Maxion, preferiu não fornecer detalhes sobre as previsões para 2012, mas a assessoria de imprensa afirmou que está programada a entrega de 214 vagões ferroviários de carga e a reforma de 300 caixas.

“Adicionalmente a essas encomendas, seguem existindo opções de compra para 1.982 vagões, com entregas programadas também para 2012”, informa o comunicado. A empresa estima que 2011 será fechado num patamar 67% superior ao do ano anterior.Até dezembro a produção chegará a 3.585 vagões fabricados e a 1,2 mil caixas reformadas. Desse volume, 2,18 mil vagões GDU, de grande capacidade de carga, foram entregues à Vale.

No Rio Grande do Sul, a ALL transformou a estrutura da Santa Fé Vagões em área de manutenção preventiva para os vagões da companhia. A unidade, localizada em Santa Maria, executa a manutenção de 60 vagões por mês. A mudança no perfil da unidade foi possível porque em maio desse ano a empresa de logística assumiu a totalidade das ações da companhia, com a saída da indiana Millinium, que detinha parte da sociedade.

A mudança impôs a transferência da área administrativa para Curitiba (PR), onde funcionam os escritórios da ALL. Atualmente, a Santa Fé tem 70 funcionários e funciona como um posto de manutenção de grande porte, comparável ao que é feito em Mafra (SC) e em Sorocaba (SP).

Governo quer publicar a atualização do PNLT até dezembro - O Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), que traça as diretrizes para as políticas públicas de longo prazo, só receberá a atualização correspondente a 2010 em dezembro próximo. A versão anterior, de 2009, que estabelecia metas até 2023, será ampliada para o horizonte de 20 anos, ou seja, definirá os investimentos em transportes que serão feitos até 2031.

A divulgação da nova versão estava prevista para a segunda quinzena de novembro, mas o Ministério dos Transportes diz que a compilação dos dados da pesquisa de tráfego (feita em parceria com o Ministério da Defesa) atrasará a publicação em algumas semanas. A coordenadora da feira Negócios nos Trilhos, Regina Perez, porém, acredita que esse atraso pode ser reflexo da mudança estrutural provocada no ministério pelas denúncias de corrupção surgidas nesse ano.

“O Ministério dos Transportes passou por crise muito grande e os estudos técnicos sofreram esse efeito, caiu o primeiro escalão e os efeitos esbarraram no segundo. Isso afeta o planejamento, mas o fato concreto é que o governo tem investido em novas ferrovias, como a Integração Oeste-Leste (Fiol), a Centro-Oeste (Fico) e a Norte-Sul (que vai de Goiás ao Tocantins). O governo investe mesmo na construção”, reconhece ela.

O secretário de Política Nacional dos Transportes, Marcelo Perrupato, afirma que numericamente o investimento estimado para os transportes no Brasil até 2031 beira os R$ 250 bilhões, dos quais 66% devem ser destinados ao setor ferroviário e 26% ao rodoviário. O restante é destinado às hidrovias, que completam a visão multimodal do ministério.

O confronto das obras previstas nas versões anteriores do PNLT para o período de execução das obras do PAC 1 e PAC 2 mostrou ao ministério que só um terço do montante previsto foi contemplado pelo Programa de Aceleração do Crescimento. “Isso significa que há uma série de investimentos que são conduzidos pelo setor privado e, também, pelos governos dos estados e municípios, de acordo com uma diretriz que trata o País como territórios logísticos, independentes das fronteiras das unidades da Federação”, disse ele.

Perrupato antecipou que, como nas versões anteriores, o PNLT prevê investimentos mais altos, em proporção ao Produto Interno Bruto (PIB) nas regiões Amazônica e Nordeste – o que coloca o Estado como agente indutor do processo de investimentos. “Como a ferrovia Transnordestina, que já tem impactado positivamente a economia local”, exemplifica.

Regina ressalta que o investimento em ferrovia é uma questão de infraestrutura e que, como em qualquer outro lugar do mundo, no Brasil não é viável fazê-lo sem a participação do governo. “A iniciativa privada mantém, opera, mas não dá para dizer que é possível fazer investimento em infraestrutura contando apenas com a iniciativa privada. Cabe ao Estado o papel de investir”, afirma ela, ao ressaltar o caráter desenvolvimentista da malha ferroviária.

A diretora da feira Negócios nos Trilhos afirma ainda que o modelo do Trem de Alta Velocidade (TAV) entre o Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas precisou ser reestruturado porque se percebeu que não é possível abrir mão da participação do Estado e que, apesar de o custo ser alto, os benefícios sociais também serão grandes.
“Hoje vivemos amontoados nas regiões metropolitanas e é absurdo que não exista uma ligação alternativa entre as duas principais cidades do País além da ponte aérea que é insuficiente e da rodovia que tem as mesmas dimensões das estradas secundárias do estado de São Paulo. O trem de passageiros dá qualidade de vida à população”, afirma Regina.

Fonte: Jornal do Comércio – RS

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Setor de navegação perde quase US$ 500 mil com greve no Porto

A greve dos empregados da Codesp, a Autoridade Portuária de Santos, causou um prejuízo de aproximadamente US$ 480 mil ao setor de navegação. O valor é referente às perdas de armadoras e agências de navegação, que tiveram pelo menos 12 navios impedidos de atracar, zarpar ou mudar de berço no cais santista, devido à paralisação de 24 horas dos funcionários da Docas. O protesto deve ser encerrado às 7 horas desta terça-feira.

O cálculo dos prejuízos foi feito com base em dados do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo e do site da Praticagem de Santos.

Em média, a Praticagem realiza 37 manobras por dia. Nesta segunda-feira, conforme apurou A Tribuna, apenas 25 navios haviam sido manobrados até o fechamento da edição.

Segundo o diretor-executivo do Sindamar, José Roque, os prejuízos do Porto podem ser avaliados de acordo com o valor do afretamento das embarcações. Os números variam entre US$ 25 mil e US$ 60 mil, dependendo do tipo de navio. O mínimo, por exemplo, refere-se aos graneleiros. Nos conteineiros, o valor é maior.

Nova greve não é descartada - "A categoria está mostrando ao Governo que não está para brincadeira. A greve de 24 horas está com adesão total". A afirmação é do presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos, feita nesta segunda-feira, durante um balanço da paralisação dos doqueiros.

A paralisação de 24 horas dos cerca de 1.400 doqueiros ocorreu porque a Codesp não cumpriu na íntegra a proposta salarial oferecida em agosto. “Após três meses de promessas, a empresa fala agora que só foi autorizada a liberar o reajuste salarial de 9,6% e que os demais itens da pauta, como auxílio-educação, não foram autorizados pelo Governo”, menciona o sindicalista.

O Departamento Jurídico do sindicato está ingressando com dissídio coletivo contra a Codesp no Tribunal Regional do Trabalho(TRT), em São Paulo.

A categoria vai aguardar a data da audiência de conciliação. “Esperamos que o tribunal marque audiência de conciliação até o dia 5 de dezembro. Caso contrário, vamos reunir a categoria em assembleia para deliberar sobre os próximos passos da mobilização. Não está descartada a discussão de uma greve por tempo maior”, conclui o dirigente sindical.

Fonte: A Tribuna

Ramos Transportes investe no ERP para sustentar crescimento

A parceria entre a TOTVS e a Ramos Transportes, uma das maiores empresas de transporte do país, começou em 2005. Nesta data, teve início a implantação do ERP, que foi concluída cinco anos depois em todas as 67 unidades da Ramos. O sistema de gestão abriu para a transportadora um novo cenário tecnológico.

Para a Ramos, os principais benefícios alcançados com essa meta foram a qualidade das informações, agilidade nos processos operacionais, centralização de áreas na matriz, acompanhamento de resultados em tempo real e controle do negócio, fazendo com que o nível de assertividade na tomada de decisões evoluísse significativamente.

Um dos obstáculos para a implantação, inclusive, foi a adequação dos processos já existentes aos novos, introduzidos devido à adoção do sistema de gestão. As pessoas foram o diferencial nessa etapa, já que o projeto abrangeu todas as áreas da empresa e não foi encarado apenas como uma ação de TI. Em seis meses, a área administrativa já havia migrado todos os seus procedimentos de compras e financeiro.

Outro desafio foi a customização do TOTVS Distribuição e Logística para que o sistema refletisse as ações de rotina da Ramos. Após vencer essas barreiras, a companhia passou a contar com um sistema integrado que, hoje, recebe cerca de 1.500 acessos simultâneos.

Agora que todas as unidades possuem o mesmo sistema, o controle e as regras são realizados através de parametrizações na matriz e o usuário não tem mais autonomia para alterar nenhum dado sem que haja a participação de um gestor.

Além disso, a Ramos passou a contar com novas funcionalidades, como a baixa de entregas pelo celular, identificação de 100% da carga movimentada por código de barras e acompanhamento das mercadorias em tempo real.

As tarefas administrativas, como caixa, contas a pagar e departamento pessoal, foram centralizadas na matriz, o que colaborou para uma maior integração e para a eliminação de retrabalhos nas áreas internas.

Para lidar com toda essa infraestrutura de TI, a Ramos conta com serviços do Datacenter da TOTVS. O próximo passo será a adoção da ferramenta de BI, para aperfeiçoar as técnicas de trabalho e suportar o ambiente de crescimento que a empresa vem construindo.

Fonte: Logweb

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Abril reforça negócios em logística

Atenta ao potencial de crescimento do comércio eletrônico e da incidência crescente dos problemas de entrega de mercadorias aos consumidores, o Grupo Abril decidiu intensificar sua atuação no segmento de logística. Nos últimos três anos, o grupo de mídia investiu R$ 200 milhões para passar a distribuir produtos de consumo, além de revistas, seu negócio tradicional.

A mais recente investida nesse campo é a aquisição de 90% do capital da Total Express, empresa de logística que entrega produtos de pequeno porte e tem faturamento anual de R$ 150 milhões. O acordo foi anunciado na sexta-feira. Com a aquisição, a Abril dá prosseguimento a uma estratégia que ganhou força no início do mês, quando criou a Entrega Fácil, empresa destinada a prestar serviços a sites de compras. A Total Express e a Entrega Fácil vão, agora, integrar a DGB (Distribuição Geográfica Brasil), holding da Abril que reúne as distribuidoras Dinap, FC Comercial e Magazine Express - responsáveis pela entrega das revistas do grupo.

A previsão é de que no próximo ano a DGB obtenha um faturamento anual de R$ 600 milhões, sendo R$ 250 milhões das empresas que distribuem produtos não relacionados às publicações da Abril. A meta é que o volume diário dessas entregas salte das atuais 50 mil para 200 mil.

"Temos presença em 2 mil municípios por causa da distribuição das revistas. Vamos aproveitar essa capilaridade e expandir a operação de logística, que é muito promissora", disse Fábio Barbosa ao Valor, em sua primeira entrevista desde que assumiu, há 50 dias, a presidência da Abril SA.

"O mercado de logística cresce em média 35% por ano. Há um grande potencial, mas isso demanda capital. Por isso fechei [negócio] com a Abril", afirmou Marcos Monteiro, um dos fundadores da Total Express. As negociações duraram quatro meses.

A previsão é de que a distribuição de revistas e outros produtos passe a representar, em 2012, cerca de 20% da receita bruta da Abril SA, que engloba editora, gráfica e distribuição. No ano passado, a Abril SA registrou faturamento de R$ 2 bilhões, com lucro líquido de R$ 217,4 milhões, quase o dobro de 2009.

A meta da DGB é ter entre 10% e 20% de participação do mercado de logística nos próximos anos. "Acreditamos que metade das nossas 200 mil entregas diárias previstas para o ano que vem virá das transações realizados por meio de comércio eletrônico", disse Fernando Mathias, superintendente da DGB. O executivo afirmou que há no mercado pelo menos 4 mil sites de compras no país, que juntos movimentam R$ 15 bilhões.

A ideia inicial da DGB é concentrar-se na entrega de pequenas encomendas, que pesam em média dois quilos, devido à carência desse tipo de distribuidora no mercado, afirmou Monteiro. A holding conta com um total de 40 centros de distribuição espalhados em vários pontos do país. "Cada vez mais os varejistas não querem ter grandes estoques, porque eles representam custos. Por isso acreditamos que o mercado de logística ainda tem muito espaço para crescer, principalmente no Brasil", disse o executivo.

Barbosa lembrou que outro segmento ainda pouco explorado no país é o de logística reversa. Trata-se do retorno de produtos e componentes utilizados aos fabricantes, como pilhas e baterias de celular, para o descarte ambientalmente responsável desses itens.

Fonte: Valor Econômico  

Estados terão metas de exportação

O Ministério do Desenvol­vimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) vai desenvolver mapas estratégicos de embarques de produtos para o exterior, como parte da política para ampliar a base exportadora e incluir pequenos empresários na pauta da exportação brasileira. Dentro da nova política, que também inclui um Plano Nacional da Cultura Exporta­dora, os estados terão metas a serem cumpridas. As informações são da Agência Brasil.

Atualmente, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro respondem por 51% da pauta de exportação nacional. Outros 14 Estados têm menos de 1% de participação cada um.

De acordo com a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Pra­­­zeres, o maior alvo do programa são as micro e pequenas empresas. “Nosso desafio é aumentar o numero de empresas exportadoras, especialmente de menor porte. Para essas empresas é que esse esforço faz diferença. As grandes conhecem o caminho. A ideia é não ficar uma coisa perdida. Vamos além da apresentação de financiamento. Vai ter logística, capacitação, promoção, apoio e incentivo por meio de ações integradas”, declarou a secretária.

A primeira etapa para im­­­plantação do plano ocorre no dia 1.º de dezembro, com a apresentação das propostas de Mapas Estraté­gicos de Comércio Exterior e Planos de Ação da Cultura Ex­­­portadora feitas com as secretarias estaduais durante o Encontro de Comércio Exterior do Mercosul, em Curitiba.

A execução está prevista para começar a partir de abril, em 14 Estados que já têm propostas consolidadas. Entre eles estão: a Bahia, o Ceará, Goiás, o Rio Grande do Sul e a Paraíba. Outras nove unidades de Federação estão em processo de ajustes ou complementação de dados. O Plano tem ações até 2014.

Fonte: Gazeta do Povo

domingo, 20 de novembro de 2011

Orion cria sistema inédito de gerenciamento de escalas de navios

Sex, 18 de Novembro de 2011 09:25

A Agência Marítima Orion Ltda acaba de inaugurar um exclusivo sistema multimídia de gerenciamento operacional, administrativo e financeiro dos navios consignados à agência. Trata-se de uma ferramenta inovadora que disponibiliza conteúdo dinâmico, em tempo real, a todos os departamentos da empresa. O sistema possibilita aos operadores dos navios uma visão completa de todas as fases do processo de agenciamento, servindo como facilitador no gerenciamento das escalas dos navios, por meio de diversos módulos de informação e sistemas de alerta sobre tarefas a realizar e prazos a cumprir.

Desenvolvido a partir da tradicional ‘pedra’ou ‘quadro’de navios que durante décadas fizeram parte do dia-a-dia dos agentes, o novo sistema incorpora todo o processo do agenciamento, desde a nomeação do navio atéa conclusão financeira da escala, em uma plataforma de conteúdo dinâmico, gerada através de uma interface web, protegida por senha, e disponibilizada em monitores LCD 55”instalados nos escritórios da agência.

A ideia de desenvolver esse projeto inédito surgiu da necessidade constante de aprimorar a qualidade dos serviços prestados aos clientes da agência, minimizando as dificuldades relacionadas com a complexidade inerente às escalas e a burocracia dos procedimentos que envolvem as operações dos navios. Os novos desafios que estão sendo apresentados aos agentes marítimos, como a recente implementação do “Porto Sem Papel”e as atribuições das agências frente aos sistemas da Receita Federal, criaram a necessidade de integrar os departamentos dos escritórios da empresa a fim de facilitar a troca de informações e garantir segurança em todas as etapas do processo de agenciamento dos navios, através de um sistema especialmente desenvolvido para atender essas necessidades e dar mais agilidade e qualidade nos serviços prestados pela empresa. A Orion atua em agenciamento marítimo e operação portuária desde 1973, e conta com uma rede de 10 escritórios cobrindo a costa brasileira de Rio Grande-RS à São Luís-MA.

Fonte: Conexão Marítima

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Participação das exportações sobre o total da produção industrial brasileira cresce no terceiro trim.

A participação das exportações sobre o total da produção industrial brasileira apresentou elevação no terceiro trimestre deste ano. Na indústria geral (que compreende a extrativa), as vendas externas tiveram participação de 20,2%, um ponto percentual a mais que o registrado no mesmo período do ano passado. As vendas para o exterior da indústria de transformação totalizaram 17,1% da produção, 0,6 ponto percentual acima do terceiro trimestre de 2010. Os dados foram divulgados hoje (10) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Na comparação do terceiro trimestre do ano com os três meses imediatamente anteriores, a expansão dos coeficientes de exportação foi menos expressiva, de 0,3 ponto percentual para a indústria geral e 0,1 ponto percentual para indústria de transformação.

De acordo com a Fiesp, a elevação da participação das exportações ocorreu devido ao crescimento das vendas ao exterior a taxas superiores a da produção industrial. Na comparação com o terceiro trimestre de 2010, o crescimento das exportações da indústria geral foi de 5,3%, enquanto a produção cresceu apenas 0,1%. Para a indústria de transformação, a alta foi menor, de 3,2%, com crescimento da produção de 0,1%.
“A conclusão a que se chega é que a produção industrial para o exterior tem avançado, mas estagnado ou até recuado quando direcionada ao mercado interno do país”, diz, em nota, a Fiesp.

Em relação a participação das importações no consumo nacional, a compra de produtos da indústria geral e da indústria de transformação do exterior mantiveram trajetória de alta no terceiro trimestre de 2011. O coeficiente de importação (CI) da indústria geral chegou a 23,4%, alta de 0,7 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2010 e de 0,5 ponto percentual quando comparado ao trimestre imediatamente anterior. O CI da indústria de transformação foi de 22,3%, 0,8 ponto percentual maior que no trimestre anterior e 0,9 ponto percentual acima do registrado no mesmo trimestre de 2010.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Brasil será, ano que vem, o maior produtor mundial de biodiesel

Em 2012, o Brasil deverá ultrapassar a Alemanha na produção de biodiesel, se transformando no maior produtor mundial desse tipo de combustível. A previsão é do presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, que participou na tarde de hoje (9) de uma audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado.

Segundo ele, apesar de ser considerado um sucesso, o programa de biodiesel brasileiro ainda tem desafios como a descentralização da produção e a ampliação da participação da agricultura familiar como fornecedora de matéria prima. “Nosso desafio é continuar crescendo com sucesso, mas de uma forma mais bem distribuída nos estados brasileiros e com maior participação dos pequenos produtores, especialmente nas regiões mais empobrecidas”, disse à Agência Brasil, antes da audiência.

De 2008 a 2011, a venda de biodiesel cresceu de 1,1 milhão de metros cúbicos (m³) para 2,6 milhões de m³. As regiões Centro-Oeste e Sul concentram o maior número de usinas. Em 2010, cerca de 100 mil agricultores familiares faziam parte do programa de biodiesel, mas, segundo Rossetto, a produção e a renda dessas famílias ainda não são satisfatórias.

Segundo Rossetto, o crescimento do programa de biodiesel depende do aumento da quantidade de biodiesel que é misturado ao óleo diesel mineral, atualmente na proporção de 5%, além do incentivo à exportação. Ele defendeu a atualização dos incentivos fiscais e tributários para o setor, assegurando apoio às regiões de menor desenvolvimento agrícola e social.

Rosseto também falou sobre o etanol, cuja produção e consumo estão em queda. Nos próximos dias, o governo deve anunciar medidas para estimular o setor. “As medidas já estão definidas pelos ministérios da Fazenda e de Minas e Energia. Imagino que até sexta-feira [11] ou segunda-feira [14] isso seja anunciado”. Além de financiamento para estocagem, também devem ser abertas linhas de crédito para estimular a renovação e expansão dos canaviais e para aproveitar a capacidade ociosa das usinas.

Fonte: Agência Brasil

Porto repassa operação de terminais ao setor privado

O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Airton Vidal Maron, afirmou ontem que pretende entregar à iniciativa privada a operação dos terminais públicos de álcool e de fertilizantes. O anúncio foi feito ontem, du­­rante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Portos na Assembleia Legislativa do Paraná. Aos deputados, Maron ainda fez duras críticas à gestão dos portos no governo Roberto Requião (PMDB).

Construídos na administração do peemedebista, os dois terminais enfrentam problemas técnicos e judiciais, que vão desde sua capacidade de armazenamento até a modalidade de licitação e exploração. “Os terminais foram feitos na contramão da história, que é a administração do porto sair da operação e deixar tudo para os privados. No país inteiro é assim: a operação é privada e a administração do porto é pública. Disso não abrimos mão”, afirmou Maron.

Revelando que a Appa deve lançar o edital de licitação no início do ano que vem, o superintendente disse que a melhor solução é entregar a operação dos terminais para a iniciativa privada. “O terminal de álcool tem vícios na obra. O de fertilizantes tem capacidade para 20 mil toneladas, enquanto um navio traz 40 mil toneladas. Então não tem muita utilidade”, defendeu.

Críticas- Maron afirmou que assumiu a Appa sem a credibilidade e o relacionamento necessários com os órgãos nacionais do setor, como a Agência Nacio­­nal de Transportes Aqua­­viá­rios (Antaq) e o Ibama. “Por isso ficamos fora do programa nacional de dragagem e nem sequer temos licença ambiental para funcionar”, justificou.

Além de avaliar a gestão de Eduardo Requião, irmão de Roberto Requião, à frente da Appa como “horrível”, Maron classificou o grande volume de ações trabalhistas herdado por ele como um dos principais desafios a enfrentar. Segundo ele, são cerca de 3 mil ações, cujo valor está estimado em R$ 630 milhões. A intenção do superintendente, que move, ele próprio, duas ações trabalhistas contra a Appa, é alterar a estrutura do quadro funcional da autarquia, que hoje tem cerca de 700 trabalhadores.

Fonte: Gazeta do Povo

Governo passa a exigir exame para despachantes aduaneiros

A experiência prática não será mais o principal requisito para atuar como despachante aduaneiro. A partir de agora, os profissionais terão que realizar duas provas objetivas, a serem aplicadas pela Receita Federal, para poderem exercer a profissão. Até então, o ajudante de despachante precisava de apenas dois anos na área para se tornar um profissional.

As novas regras foram publicadas pela Aduana no Diário Oficial da União (DOU), na última terça-feira. Além do exame, ficou determinado pelo órgão que o exercício das profissões de ajudante e despachante aduaneiro somente será permitido à pessoa física inscrita, respectivamente, no Registro de Despachantes Aduaneiros e no Registro de Ajudantes de Despachantes Aduaneiros, mantidos pela Receita Federal.

O registro deverá ser requerido pelos profissionais no prazo de até um ano após o resultado do exame de qualificação técnica. Os testes vão ser aplicados anualmente sob a orientação da Coordenação - Geral de Administração Aduaneira (Coana). Os detalhes das provas serão publicados no DOU no mínimo 60 dias antes da realização dos testes.
Anovas exigências, que buscam preparar melhor os despachantes, foram destacadas na tarde desta quarta no primeiro dia da 42 a assembleia da Associação Internacional de Agentes Profissionais de Aduana (Asapra 2011). O evento acontece até esta sexta no Parque Balneário Hotel, na Avenida Ana Costa, nº 555, em Santos.

Durante a sua apresentação, o subsecretário de Aduanas e de Relações Internacionais da Receita Federal do Brasil, Ernani Argolo Filho, abordou a necessidade de desenvolvimento e qualificação do profissional aduaneiro, incluindo os despachantes. Para o presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Santos e região - entidade responsável pela organização da assembleia - Claudio de BarrosNogueira, os novos requisitos foram uma importante conquista. Segundo ele, as mudanças sempre fizeram parte das bandeiras de luta da entidade. “Vamos garantir trabalhadores mais qualificados”, disse.

Fonte: A Tribuna

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

IMPORTÂNCIA DE SISTEMAS DE TRANSPORTES NA ECONOMIA

Basta comparar as economias de uma nação desenvolvida e de outra em desenvolvimento para enxergar o papel do transporte na criação de alto nível de atividade na economia. Nações em desenvolvimento têm, normalmente, produção e consumo ocorrendo no mesmo lugar, com boa parte da força de trabalho engajada na produção agrícola e porcentagem menor da população vivendo em áreas urbanas. À medida que  serviços de transporte mais baratos vão-se disponibilizando, a estrutura econômica começa assemelhar-se à de uma economia desenvolvida: grandes cidades resultam a partir de migração para os centros urbanos, regiões geográficas limitam-se a produzir um leque menor de itens e o nível de vida médico começa a elevar-se. Especificamente melhor sistema de transporte contribui para:
1°Aumentar a competição no mercado;
2°Garantir a economia de escala na produção;
3° reduzir preços das mercadorias.

Fonte de estudo (Ballow)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Importância da Atividade Exportadora - Por que exportar?

Dentre as vantagens que a atividade exportadora oferece às empresas, podem ser assinaladas as seguintes:

maior produtividade - exportar implica aumento da escala de produção, que pode ser obtida
pela utilização da capacidade ociosa da empresa e/ou pelo aperfeiçoamento dos seus processos produtivos; a empresa poderá, assim, diminuir o custo de seus produtos tornando-os mais competitivos, e aumentar sua margem de lucro;
diminuição da carga tributária - a empresa pode compensar o recolhimento dos impostos internos, via exportação;

a) os produtos exportados não sofrem a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados ( IPI );
b) o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) tampouco incide sobre operações de exportação de produtos industrializados, produtos semi-elaborados, produtos primários ou prestação de serviços;
c) na determinação da base de cálculo da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS), são excluidas as receitas decorrentes da exportação;
d) as receitas decorrentes da exportação são também isentas da contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) ; e
e) o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) aplicado às operações de câmbio vinculadas à exportação de bens e serviços tem alíquota zero.
redução da dependência das vendas internas - a diversificação de mercados ( interno e externo ) proporciona à empresa maior segurança contra as oscilações dos níveis da demanda interna;
aumento da capacidade inovadora - as empresas exportadoras tendem a ser mais inovadoras que as não-exportadoras; costumam utilizar número maior de novos processos de fabricação; adotam programas de qualidade e desenvolvem novos produtos com maior frequencia;
aperfeiçoamento de recursos humanos - as empresas que exportam se destacam na área de recursos humanos: costumam oferecer melhores salários e oportunidade de treinamento a seus funcionários;
aperfeiçoamento dos processos industriais - ( melhoria na qualidade e apresentação do produto, por exemplo) e comerciais ( elaboração de contratos mais precisos, novos processos gerenciais, etc ) - a empresa adquire novas condições de competição interna e externa;
imagem da empresa - o caráter de "empresa exportadora" é uma referência importante, nos contatos da empresa, no Brasil e no exterior; a imagem da empresa fica associada a mercados externos, em geral mais exigentes, com reflexos positivos para seus clientes e fornecedores.
Em resumo, a exportação assume grande relevância para a empresa, pois é o caminho mais eficaz para garantir o seu próprio futuro em um ambiente globalizado cada vez mais
competitivo, que exige das empresas brasileiras plena capacitação para enfrentar a concorrência estrangeira, tanto no Brasil como no exterior.
Para o Brasil, atividade exportadora tem também importância estratégica, pois contribui para a geração de renda e emprego, para a entrada das divisas necessárias ao equilíbrio das contas externas e para a promoção do desenvolvimento econômico.





A Internacionalização da Empresa - consiste em sua participação ativa nos mercados externos. Com a eliminação das barreiras que protegiam no passado a indústria nacional, a internacionalização é o caminho natural para que as empresas brasileiras se mantenham competitivas. Se as empresas brasileiras se dedicarem exclusivamente a produzir para o mercado interno, sofrerão a concorrência das empresas estrangeiras dentro do próprio País. Por conseguinte, para manter a sua participação no mercado interno, deverão modernizar-se e tornar-se competitivas em escala internacional. A atividade exportadora, contudo, não é isenta de dificuldades, inclusive porque o mercado externo é formado por países com idiomas, hábitos, culturas e leis muito diversos, dificuldades essas que devem ser consideradas pelas empresas que se preparam para exportar.
As empresas podem participar do mercado internacional de modo ativo e permanente, ou de maneira eventual. Em geral, o êxito e o bom desempenho na atividade exportadora são obtidos pelas empresas que se inseriram na atividade exportadora como resultado de um
planejamento estratégico, direcionado para os mercados externos.

Etapas da internacionalização da empresa - As empresas podem ser classificadas segundo as seguintes categorias, as quais revelam as etapas do caminho a ser percorrido
até se transformarem em exportadoras ativas:
não interessada :- mesmo que eventualmente ocorram manifestações de interesse por parte de clientes estabelecidos no exterior, a empresa prefere vender exclusivamente no mercado interno;
parcialmente interessada:- a empresa atende aos pedidos recebidos de clientes estabelecidos no exterior, mas não estabelece um plano consistente de exportação;
exportadora experimental:- a empresa vende apenas aos países vizinhos, pois os considera praticamente uma extensão do mercado interno, em razão da similaridade dos
hábitos e preferências dos consumidores, bem como das normas técnicas adotadas;
exportadora ativa :- a empresa modifica e adapta os seus produtos para atender aos mercados no exterior - a atividade exportadora passa a fazer parte da estratégia, dos planos e do orçamento da empresa.
Reflexão sobre o assunto: Por Maicon Oliveira

Estar preparado para encarar novos desafios e evoluir o crescimento de uma empresa, exige determinação, ousadia e planejamento. Exportar seus produtos é uma forma inteligente de expandir o crescimento de sua organização, fortalecendo a marca, vencendo a concorrência e abrindo novos mercados internacionais.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Conceito ou definição sobre logística


Introdução

 
A logística é um processo de estrema importância no mundo dos negócios, através dela é possível reestruturar processos e alcançar objetivos em uma organização. Nenhuma empresa pode sobreviver sem logística à mesma busca a redução do ciclo operacional, aumentar a produtividade e melhorar o nível de serviço ao cliente com a diminuição dos custos total,  entender a importância da logística e sua forma de gerenciamento é fator fundamental para qualquer empresa que busca atingir um diferencial competitivo e dinâmico no mercado.

Entendendo a história da logística
 

A história da logística surgiu desde antiguidade, os lideres militares já se utilizavam da logística para planejar guerras. Como as guerras eram longas e distantes, havia necessidade de planejar o abastecimento de tropas com a mínima possibilidade de perda no caminho. Para transportar as tropas, armamentos, carro de guerra, alimentação, era necessário organizar uma rota; nem sempre a mais curta, pois era necessário ter uma fonte de água potável próxima, garantir transporte, armazenamento, distribuição de equipamentos e suprimentos.

Desde inicio no século III a C., na antiga Grécia, conceituava-se que a logística é a arte de calcular ou aritmética aplicada. Parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de projetos e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material (para fins operatórios e administrativos). Os militares com o titulo de logistikas eram os responsáveis por garantir recursos e suprimentos para a guerra. (Roma e no Império Bizantino).

No Brasil, a logística surgiu no inicio da década de 80 apenas com foco nas metodologias e modais de transporte e armazenamento, logo após a evolução da tecnologia da informação. Algumas entidades como: ASBRAS (Associação Brasileira de Supermercados), ASLOG (Associação Brasileira de logística), IMAN (Instituto de movimentação e Armazenagem) entre outras, tiveram a complicada missão de esclarecer este novo conceito para as organizações.

Resumo:

"A logística pode ser aplicada de forma estratégica em qualquer segmento da indústria comércio e serviços, gerando diferenciais competitivos." 




quinta-feira, 24 de março de 2011

Como Gerenciar a Cadeia de Suprimentos (SCM)

A Logística é o processo de planejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e pessoas e das informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de destino em cadeia, com o propósito de atender às exigências dos clientes. 

O conceito de Supply Chain Management surgiu como uma evolução natural do conceito de logística integrada. Enquanto a logística integrada representa uma integração de atividades, o supply chain management representa sua integração externa, A cadeia de suprimentos abrange todas as atividades relacionadas com o fluxo e a transformação de mercadorias desde o estágio da matéria-prima (MP) até o usuário final e seus respectivos fluxos de informação. 

Uma boa gestão em SCM proporciona uma serie de maneiras pelas quais é possível aumentar a produtividade, reduzir custos operacionais , gerenciar estoques, agregar valor aos produtos, eliminar desperdícios, estabelecer prazos confiáveis, implantação de pedidos e serviço de pós-venda. Em resumo o gerenciamento da cadeia de suprimentos é a coordenação estratégica das tradicionais funções de negócios no âmbito da cadeia de suprimentos com o objetivo de aperfeiçoar o desempenho a longo prazo das empresas isoladamente e da cadeia como um todo. 

Desta forma o SCM e a integração de todas as atividades da cadeia, mediante relacionamentos muito aperfeiçoados entre seus elementos (elos), também com o objetivo de conquistar uma vantagem competitiva sustentável.

Na CS um conjunto de atividades funcionais (transportes, controle de estoques, produção, fluxos de informações) se repetem inúmeras vezes ao longo do canal por onde as matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor. Uma vez que as fontes de MP, fabricas e pontos de vendas em geral não tem a mesma localização e o canal representa uma sequencia  de etapas de produção, as atividades logísticas podem ser repetidas várias vezes até um produto chegar ao mercado. 

Dessa forma, as atividades logísticas também se repetem á medida que os produtos  usados são transformados a montante no canal logístico. O mais importante e lembrar que  as atividades logísticas na cadeia de CS imediata da empresa esta ligada ao abastecimento físico de materiais (gerencia de materiais)  e distribuição física. A definição moderna para este processo e a logística empresarial e sua primeira etapa passa por:

-Transporte
-Manutenção de estoques
-Processamento de pedidos 
-Compras 
-Embalagem preventiva
-Armazenamento 
-Controle de materiais 
-Manutenção das informações 
-Programação de suprimentos.

Composto de atividades em um sistema logístico

Canal Logístico: Canal físico de suprimentos: 

Lacuna em tempo e espaço entre as fontes materiais e seus pontos de processamento. 

Canal fisco de distribuição: 

lacuna em tempo e espaço entre os pontos de processamento e os clientes. 

Canal logístico reverso: 

conceito bastante atual que trata do produto com foco maior em alguns aspectos de sua vida útil considerando o que e como se faz para devolver mercadorias obsoletas, danificadas ou inoperantes aos seus pontos de origem para concerto ou descarte assim como o retorno de embalagens ao seu ponto de origem devido à característica do produto embalado. 

O composto de atividades em um sistema logístico é dividido em atividades chave e de suporte sendo as chaves: serviço ao cliente-necessidade e desejos dos clientes em serviços logísticos, reação dos clientes ao serviço, estabelecimento de níveis de serviço aos clientes. No transporte, temos a seleção do modal e serviço de transporte, consolidação de fretes, roteiro e programação de veículos, seleção de equipamento. Em fluxos de informação e processamento de pedidos temos: processamento de interface entre pedidos, métodos de transmissão de informações sobre pedidos, regras sobre pedidos. 

Em gerencia de estoques temos todas políticas de estocagem de MP e produtos acabados , previsão de vendas, numero, tamanho e localização dos pontos de estocagem, estratégias ( Just in time). As atividades de suporte estão ligadas em armazenagem determinando o espaço, configuração do armazém localização do estoque, manuseio de materiais, seleção de equipamentos, processamento para separação de pedidos, alocação e recuperação dos materiais. Em compras, seleciona as fontes de suprimentos, embalagens auxiliando por fim PD e OP.





Atenciosamente





Maicon Oliveira