quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Setor de navegação perde quase US$ 500 mil com greve no Porto

A greve dos empregados da Codesp, a Autoridade Portuária de Santos, causou um prejuízo de aproximadamente US$ 480 mil ao setor de navegação. O valor é referente às perdas de armadoras e agências de navegação, que tiveram pelo menos 12 navios impedidos de atracar, zarpar ou mudar de berço no cais santista, devido à paralisação de 24 horas dos funcionários da Docas. O protesto deve ser encerrado às 7 horas desta terça-feira.

O cálculo dos prejuízos foi feito com base em dados do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo e do site da Praticagem de Santos.

Em média, a Praticagem realiza 37 manobras por dia. Nesta segunda-feira, conforme apurou A Tribuna, apenas 25 navios haviam sido manobrados até o fechamento da edição.

Segundo o diretor-executivo do Sindamar, José Roque, os prejuízos do Porto podem ser avaliados de acordo com o valor do afretamento das embarcações. Os números variam entre US$ 25 mil e US$ 60 mil, dependendo do tipo de navio. O mínimo, por exemplo, refere-se aos graneleiros. Nos conteineiros, o valor é maior.

Nova greve não é descartada - "A categoria está mostrando ao Governo que não está para brincadeira. A greve de 24 horas está com adesão total". A afirmação é do presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport), Everandy Cirino dos Santos, feita nesta segunda-feira, durante um balanço da paralisação dos doqueiros.

A paralisação de 24 horas dos cerca de 1.400 doqueiros ocorreu porque a Codesp não cumpriu na íntegra a proposta salarial oferecida em agosto. “Após três meses de promessas, a empresa fala agora que só foi autorizada a liberar o reajuste salarial de 9,6% e que os demais itens da pauta, como auxílio-educação, não foram autorizados pelo Governo”, menciona o sindicalista.

O Departamento Jurídico do sindicato está ingressando com dissídio coletivo contra a Codesp no Tribunal Regional do Trabalho(TRT), em São Paulo.

A categoria vai aguardar a data da audiência de conciliação. “Esperamos que o tribunal marque audiência de conciliação até o dia 5 de dezembro. Caso contrário, vamos reunir a categoria em assembleia para deliberar sobre os próximos passos da mobilização. Não está descartada a discussão de uma greve por tempo maior”, conclui o dirigente sindical.

Fonte: A Tribuna

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