Construídos na administração do peemedebista, os dois terminais enfrentam problemas técnicos e judiciais, que vão desde sua capacidade de armazenamento até a modalidade de licitação e exploração. “Os terminais foram feitos na contramão da história, que é a administração do porto sair da operação e deixar tudo para os privados. No país inteiro é assim: a operação é privada e a administração do porto é pública. Disso não abrimos mão”, afirmou Maron.
Revelando que a Appa deve lançar o edital de licitação no início do ano que vem, o superintendente disse que a melhor solução é entregar a operação dos terminais para a iniciativa privada. “O terminal de álcool tem vícios na obra. O de fertilizantes tem capacidade para 20 mil toneladas, enquanto um navio traz 40 mil toneladas. Então não tem muita utilidade”, defendeu.
Críticas- Maron afirmou que assumiu a Appa sem a credibilidade e o relacionamento necessários com os órgãos nacionais do setor, como a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e o Ibama. “Por isso ficamos fora do programa nacional de dragagem e nem sequer temos licença ambiental para funcionar”, justificou.
Além de avaliar a gestão de Eduardo Requião, irmão de Roberto Requião, à frente da Appa como “horrível”, Maron classificou o grande volume de ações trabalhistas herdado por ele como um dos principais desafios a enfrentar. Segundo ele, são cerca de 3 mil ações, cujo valor está estimado em R$ 630 milhões. A intenção do superintendente, que move, ele próprio, duas ações trabalhistas contra a Appa, é alterar a estrutura do quadro funcional da autarquia, que hoje tem cerca de 700 trabalhadores.
Fonte: Gazeta do Povo
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