segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Portos paranaenses superam recorde anual de movimentação

Os portos de Paranaguá e Antonina, no Paraná, movimentaram mais de 38 milhões de toneladas de cargas de janeiro a novembro. De acordo com balanço divulgado pela Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), este volume já supera o recorde histórico de todo o ano de 2007.


Destaques- Os portos paranaenses também cravaram recordes de movimentação de alguns produtos. Caso da soja, cujas exportações chegaram a 6,7 milhões de toneladas em 2011, com volume 13% superior ao recorde anterior de todo o ano de 2003.

As exportações de açúcar superaram o recorde de 2010 em 4%, atingindo cerca de 4 milhões de toneladas em novembro. Outros recordes registrados pela Appa foram nas importações de fertilizantes, com 8,5 milhões de toneladas este ano, superando a marca histórica de 2007; e na movimentação de veículos, com 207 mil veículos movimentados até o mês passado e crescimento de 14% em relação ao volume histórico do ano passado.

Segundo a Appa, a receita cambial gerada pelas exportações de mercadorias também já atingiu recorde histórico: cerca de US$ 16 bilhões até novembro, valor 14% superior à marca histórica de 2008. De acordo com a administração portuária, a expectativa é que em 2011 os portos movimentem 41 milhões de toneladas de produtos.

Antonina- Somente o Porto de Antonina movimentou 1,3 milhão de toneladas até novembro, superando o recorde de 2004 em 25% e com um expressivo crescimento de 400% sobre 2010. “Estamos recuperando a movimentação de mercadorias em Antonina, usando o Porto como suporte ao de Paranaguá e trabalhando em diversos projetos para aumentar ainda mais a produtividade dos terminais lá instalados. A cidade já está sentindo os reflexos disso com a recuperação de empregos e movimentação da economia”, destaca Airton Vidal Maron, superintendente da Appa.

Fonte: Canal do Transporte

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Centros de distribuição organizam a logística e ajudam a cortar custos

A fim de agilizar a produção e reduzir custos, as empresas de refeições coletivas têm apostado nos centros de distribuição, ou CDs. A Sodexo/Puras, uma das maiores no Brasil, tem 10 centros espalhados pelo país. O ganho em logística, com a entrega centralizada, é grande. Como atende regiões mais remotas, a logística para entrega da matéria-prima pode ser caríssima, afirma o diretor de marketing e comunicação José Antonio Martimiano.

"Nosso grande diferencial é a CPDA - Central de Produção e Distribuição de Alimentos", diz Carlos Humberto de Souza, diretor-superintendente da paranaense Risotolândia. A CPDA é responsável pela logística de abastecimento dos restaurantes e responde por todos os setores relacionados a serviços e gestão de alimentos, desde a aquisição e preparo até a entrega. Além de centralizar as compras, a central produz as massas, pães e sobremesas e faz o pré-preparo de frutas, verduras e legumes. "Nossos investimentos são contínuos. Temos, em nosso orçamento, um percentual determinado ao longo dos anos para as melhorias de processos, compra de novos equipamentos e investimento em nossa área de logística", informa Souza.

A Gastroservice também adquiriu um CD. Além disso, montou um box no Ceasa, comprando matéria-prima direto dos produtores. "Acabamos com os intermediários e reduzimos preços", afirma o proprietário Marcelo Basto Lima. A Cucinare, de São Paulo, conta igualmente com uma central de compras e distribuição.

A Sodexo, sempre que possível, reformula os restaurantes onde trabalha. "Hoje, praticamente todos os projetos estão otimizados", diz Martimiano. Para dimensionar o espaço e fazer os projetos, a empresa conta com uma equipe de 14 arquitetos próprios. Os investimentos podem abarcar o salão e a cozinha, dependendo do tempo de contrato acertados.

Fornos combinados, que unem tanto o convencional quanto o de microondas, são alguns dos equipamentos nos quais a Sodexo investe. Ele evita a perda de líquido do alimentos e é mais rápido, mas por seu alto custo, cerca de R$ 50 mil, praticamente só é adquirido por grandes unidades, afirma o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (Aberc), Antônio Guimarães.. Além dos fornos, a Sodexo adota, quando possível, cook chill, que resfria alimentos pré-preparados para serem consumidos mais adiante. O seu uso, no entanto, ainda é parcial no Brasil, já que o paladar local exige alimentos preparados na hora. Não adianta tentar servir um feijão feito de véspera, já que é bastante complexo regenerá-lo, acertar o ponto do caldo, que fica mais seco, mais líquido ou mais espesso do que os clientes estão acostumados. "É um alimento muito característico, um item básico para não acertar" afirma Martimiano. "Se o arroz e o feijão estão bons, o cliente releva o resto."

A Risotolândia investe na estrutura física de seus restaurantes. "Temos transformado antigos refeitórios em restaurantes e até em praças de alimentação, implantando serviços exclusivos, com padrão visual próprio", diz Souza.

Fonte: Valor Econômico